Incomodando, sorry

Desculpe se eu não sei o momento certo em que deveria procurá-lo. Não quero sufocá-lo enviando mensagens a todo tempo, mais também, não gostaria que pensasse que o esqueci.

Tenho receio de te ligar porque justo nessas horas você tem algo mais importante a fazer, logo, quando diz que está ocupado, sinto que estou incomodando. Quando a gente gosta de alguém, o amor que há em nós, nos incomoda. Incomoda tanto que sentimos  necessidade de saber como o outro está; incomoda ao ponto de você sentir falta até do som da voz, dos gestos, do cheiro e da presença.

De verdade, não quero estar ausente, não quero me perder ou sumir por dias. Não quero deixar saudades e igualmente não quero sentir. Também, não quero ter que procurar desculpas bobas só para poder ouvi-lo dizer que está tudo bem com você.

Desculpe se meu interesse por querer saber como está, o sufoca. Só não quero que cogite a ideia de que não lembro de você ou ainda que não penso… É claro que penso, penso até mais do que gostaria.

Por favor, diga qual o melhor modo para me aproximar sem ter que persegui-lo, sem ter que chateá-lo.

Quando você me trata mal só porque busquei uma maneira de ouvi-lo, eu recuo e fico sem saber o que fazer com meus sentimentos, e quando a coisa chega a esse ponto, eu desisto. Eu desisto de tentar mostrar, ouvir, falar, sentir ou pensar… eu desisto de insistir em te amar e me preocupar.

E se eu desistir, não é porque o que sentia era ou é pouco, eu desisto porque pouco caso você fez das minhas intenções. Se eu desistir é porque você e não eu, quis que fosse assim… Você quis que eu não mais te procurasse, não mais te ligasse, não mais te incomodasse e, consequentemente, você quis que eu não mais te amasse.